Reforço escolar é bom?
- Cynthia Costa. Revista Educar para Crescer
- 20 de ago. de 2015
- 2 min de leitura

Ninguém é igual a ninguém, portanto é natural e esperado que o ritmo de aprendizado seja diferente para cada criança. Ao longo do ano, sempre aparecem defasagens entre os alunos: uns são mais rápidos, outros têm mais dificuldade. Para que esses desníveis não se acentuem com o tempo, muitas escolas têm oferecido programas de reforço escolar no horário contrário ao das aulas. "Temos um sistema com metas gerais, mas cada indivíduo é de um jeito", explica Harlei Florentino, diretor do Colégio Oswald de Andrade, de São Paulo. "Por mais que as aulas procurem atender às necessidades de todos, às vezes é preciso dispor de um tratamento mais individualizado". No reforço, os alunos com essas chamadas defasagens - diagnosticadas por professores, com apoio da coordenação ou da diretoria - são reunidos em pequenos grupos para aulas mais dirigidas. "Assim são resolvidos problemas pontuais de assimilação de conteúdo", diz Harlei. A professora Maria Alzira, coordenadora do 1º e 2º ano do Fundamental I do Colégio Sion, também na capital paulista, defende igualmente o papel do reforço na instituição: "Nosso objetivo é dar suporte para que a criança supra as suas dificuldades e avance no processo de aprendizagem de forma tranquila". Em algumas cidades, o reforço escolar tem sido implantado como uma ferramenta indispensável para os anos da alfabetização. É o caso de Joiville (SC), que tem quase 30 escolas da rede municipal equipadas para aulas especiais no contraturno. Na Escola Municipal Prefeito Wittich Freitag, em Joiville (SC), seis ou menos alunos são reunidos para atividades com recursos tecnológicos, como softwares de alfabetização. "O resultado é muito positivo. Diria que 98% dos alunos saem do reforço lendo e escrevendo", comemora a diretora Marileia da Cunha Melo. Conheça algumas vantagens das aulas de reforço como aliadas do aprendizado de seu filho.
1. As aulas são mais divertidas
Para envolver os alunos com dificuldades no Ensino Fundamental, é comum que o reforço escolar seja pensado de maneira mais lúdica. Nas aulas, os professores propõem jogos, recursos audiovisuais e muitas vezes se comunicam de maneira mais personalizada com os alunos - que, em geral, são poucos ou apenas um por vez. "Escolhemos professores com perfil próprio para esse apoio: que tenham paciência, amor e, principalmente, persistência", ressalta a diretora Marileia da Cunha Melo.
2. O problema pode estar na counicação professor/aluno
Isso não quer dizer que se trate de um mau professor, assim como não é o caso de seu filho ser necessariamente um mau aluno. A comunicação no aprendizado de um determinado tópico pode estar falha. Por isso a explicação de outro professor pode fazer toda a diferença. "Optamos muitas vezes por professores em início de formação, que podem explicar tópicos de maneira nova, sem os hábitos acumulados nos anos de ensino", conta Harlei Florentino, do Oswald de Andrade.
3. Aprender a estudar
O reforço pode ser a oportunidade de a criança aprender a estudar de forma diferente da que vinha adotando. Como estará em um grupo menor e com mais atenção do professor, ela percebe que método funciona melhor: ler em voz alta, fazer resumos ou exercícios. "O professor do reforço também dá orientações de estudo", lembra Harlei Florentino, diretor do Oswald de Andrade.
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